segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mais uma contradição.

Viver de escolhas aleatória e sentimentos profundo escondidos sempre foi uma forma de sobreviver ao cotidiano.
O unico problema é que, quando se está a beira de um coma alcóolico, o mundo parece mais nítido e isso mata qualquer um.

Esse fim de semana eu tive inveja.
Tive inveja do auto-controle das pessoas, dos olhares que elas costumam trocar, da confiança que tinham um pelo outro.
Inveja de eles terem com quem brigar, com quem se importar, porque se importar.
Tive inveja dos vasos de flor com cerveja, dos que se penduravam no ar, do que encantavam o mundo.
Quis brigar com o segurança, jogar flores pra cima, pular na piscina e tudo o que todos os outros conseguiam fazer e eu não.

Tenho inveja dos que tem ressaca moral, dos que não tem motivo pra isso e dos que sempre se divertem mais.

Sou uma invejosa de carteirinha e ainda assim me sinto feliz.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ócio produtivo, dizem eles.
Eu prefiro suicídio social e coma alcóolico.
Responsabilidade na medida, dizem eles.
Eu prefiro caos, desordem, destruição, prejuízo.
Sinceridade machuca mais salva, dizem eles.
Eu prefiro as mentiras sem sal, a falta com a verdade, a omissão.

"Eu digo o que condiz. Eu gosto é do estrago" cantaram Los Hermanos, eu assinei em baixo, concordei e acreditei.

Ontem eu ví o que o desejo guardado faz com as pessoas.
Elas aceitam flores em postos de gasolina, aceitam beijos de rasgar o lábio, abraços, carinhos, elogios e até um certo grau de violência que lhes é direcionada com toda a delicadeza do mundo.
Cheguei então à conclusão de que o caos é a melhor das organizações. No caos não há certo e errado, razoável e desmedido, verdade e mentira... Há desejo, paixão, sentimentos, sinceridades que não são expostas quando tudo o que se busca é uma agradável organização.

Ninguém é 100% autêntico quando tem o controle de tudo.

O caos é a verdadeira evolução da sociedade.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Possuida por Carrie Bradshow!

Porque será que até mesmo em histórias que tentam discutir a possibilidade de contos de fadas as histórias acabam em "felizes para sempre"?
Será que o mundo real é tão injusto que todos os problemas que já foram resolvidos por personagens se tornam insolúveis apenas por acontecerem com a gente?
Não seria injusto pensar que não podemos ser felizes nunca?
Deveriamos tentar acreditar que tudo pode dar certo?
Será que a positividade tem o poder de mudar tanto assim o curso da vida das pessoas?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Desconstruindo as "babacadas"...

Babacas em potêncial se importam com coisas pequenas.
Os amigos que nos deixam, mesmo que temporáriamente parecem te levar um braço. A família que passa mais tempo em viagem do que você nas férias lhe arranca as pernas. A falta do que fazer parece comer um pedaço de seus cérebros.
Mas o pior de todos os babacas e a pior das coisas que lhe acontece é aquele que se nega a assumir o que sente. Esse não precisa de distância e indiferença, ele se consome em negações e pessimismo.
Não é que seja impossível ou difícil de acreditar e aceitar que as pessoas possam se importar com ele, principalmente as do sexo oposto´; é, na verdade, que o simples fato de acreditar e aceitar derruba uma barreira imensa na alma desse ser tão incompreensível que o faz não conseguir mais manter aquela distância segura entre seus próprios sentimentos e os fatos reais.
Assumir que alguém se importa é aceitar carinho e, para esse ser tão afundado em sentimentos mascarados, isso é quase a morte... a morte de todos os ideais e modos de vida que ele finje ter. Nessas situações ele acaba por perceber a necessidade de alguém que lhe dê mais do que um beijo natesta de boa noite, que um abraço de amigo, que um carinho de parente. Ele se percebe numa necessidade intrínsica de ser amado, de ter alguém para quere mais do que bem, e de obter todo esse amo de volta.
Se torna então impossível manter aquela distância segura dos sentimentos, ele se envolve e, por fantasiar demais situações que nem sempre são tão significativas assim, ele se machuca.
Esse é o babaca em potêncial... aquele que prefere a indifereça ao excesso de preocupação, que prefere a amizade à uma paixão duvidosa.

Só tem um problema em se tornar um babaca em potêncial.
Você nunca sabe diferenciar o que é real do que é escudo protetor.

Babacas em potencial serão sempre controversos, inconstantes e indecifráveis.

Amém.