Rachel era uma menina romântica, ou melhor, ela foi uma menina romântica, do tipo que dorme ao lado do telefone esperando o telefonema dele, que pega^um ônibus pra um lugar desconhecido esperando encontrá-lo, do tipo que sofre por não ter mais o grande amor.
Sua única incoerência era se esquecer rápido demais de tudo isso. Uma semana, duas, um mês, um novo amor, era tudo o que precisava prara abrir imensos sorrisos e pular de alegria novamente... e repetir os mesmos eros mais uma vez na esperança de que um dia daria certo.
Nunca deu.
De tanto não dar certo ela achou mais "bonito" se fechar. Porque não? Entregar-se ao puro prazer sem expectativas pareceia ser a solução que dava certo para mitas outras pessoas. Seria Julia. Poderia deixá-la mais feliz. Poderia valer a pena tentar. Poderia dar certo com ela. Não faria mau.
Não deu... e quase matou.
Então ela desistiu... seria ela mesma, sem máscaras, sem exageros... a mesma menina que era aos 16 e que já não sabia onde encontrar aos 20.
Era a tortura do século, e a única pessoa que estava ali para apontar o dedo e puxar a alavanca que abria o alçapão que a salvava da forca era ela.
Quando seus dedos já entrelaçavam a alavanca e parecia não haver mais o que fazer ele surgiu. Sem cavalo branco, sem capa, sem espada. Não era principe e muito menos perfeito, mas era ele.
Era o sorriso de redenção que ela precisava. Ela não a conhecia só sabia um pouco de Julia e um pouco de Rachel, mas fez com que ela descobrisse uma terceira pessoa.
Essa pessoa sofre com a distância, dorme ao lado do telefone, mas consegue aproveitar os momentos como se fossem só por uma noite, só por prazer.
Ele trouxe a Nadia... e essa sim é feliz.
domingo, 11 de julho de 2010
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